No contexto do Acordo de Paris, a União Europeia (UE) assinou, em 2019, o Pacto Ecológico Europeu - um plano que pretende tornar a UE sustentável e neutra para o clima até 2050 (EC, 2021). Este roteiro é constituído por 50 ações concretas e abrange todos os setores de atividade da economia, nomeadamente o setor da transformação e comercialização do vidro.
Os edifícios representaram, em 2020, 36% do total de emissões de CO2 da UE. Para que se cumpra com a meta definida no Pacto Ecológico Europeu para 2050, é necessária a redução do consumo de energia dos edifícios e as emissões de CO2 associadas. De acordo com o estudo “Flat Glass in Climate-Neutral Europe” elaborado pela Glass Alliance Europe, em 2020, o vidro é o único material que promove eficiência energética, transparência, segurança e durabilidade a um preço acessível no setor da construção, sendo indispensável na transição para uma UE neutra.
Para que os níveis de carbono esperados em 2050 sejam atingidos é necessário que o trabalho comece a ser feito agora.
Em média, 48% das fachadas dos edifícios são compostas por vidro, sendo que este valor pode chegar aos 100% no caso dos arranha-céus. Torna-se, então, fundamental a utilização de vidros com elevada tecnologia e eficiência energética, que confira aos edifícios, não só a estética, segurança e acústica necessária, como também o isolamento térmico e controlo solar. Ao substituir os vidros existentes por vidros inteligentes e de elevada performance é expectável uma poupança energética de cerca de 37% em 2050 (Glass Alliance Europe, 2021).
VIDROS INTELIGENTES
Os vidros inteligentes são extremamente benéficos na construção de edifícios verdes. O aquecimento e arrefecimento dos edifícios tem um elevado impacto na nossa pegada de CO2 libertada para atmosfera, sendo que os vidros e janelas são uma das formas mais comuns de fuga de calor. Um dos exemplos de vidros inteligentes são os switchable glasses, isto é, vidros que se adaptam à envolvente - calor e luz solar- com um consequente aumento da performance dos edifícios em 20%.
Como é que funciona? Às camadas de vidro adiciona-se uma película fina constituída por enumeras partículas que se orientam de forma aleatória dentro de um líquido, proibindo a passagem de qualquer luz, tornando o vidro opaco. Quando acionado o interruptor, as partículas alinham-se de forma a permitir que a luz atravesse o espaço e, consequentemente, o vidro se torne transparente.
Os vidros podem ainda contribuir para a diminuição do consumo energético dos edifícios e gerar energia renovável. Para além dos já conhecidos painéis solares, compostos por vidro, as próprias partes opacas dos edifícios, nomeadamente nas fachadas, telhados e clarabóias, podem ser cobertas por um vidro com funções fotovoltaicas que permite a geração de energia renovável para todo o edifício, os chamados Building Integrated Photovoltaics (BIPV).
De salientar, ainda, o facto de os próprios vidros das fachadas e janelas dos edifícios, duplos e triplos, poderem ser combinados com partículas fotovoltaicas transparentes. Esta tecnologia permite aliar as funcionalidades que caraterizam o vidro - estética, segurança, controlo solar e isolamento térmico - à criação de energia, contribuindo para o incremento da eficiência energética (Glass Alliance Europe, 2021).
Esta transição depende de todos nós. Na Nortempera disponibilizamos o acompanhamento técnico necessário na substituição dos vidros por vidros mais eficientes e inteligentes para que, juntos, possamos contribuir para uma Europa neutra na emissão de carbono.
Dispomos de um serviço de aconselhamento técnico